Foi há mais ou menos 6 meses que o meu marido lançou a ideia (aterradora, do meu ponto de vista) de poder concorrer a uma vaga de emprego nos EUA (através da empresa multinacional onde trabalha). Na altura pensei..... oh! ele não vai com isso para a frente! Isso implicaria que ele estivesse muito longe de todos.
Afinal de contas a ideia dele era outra. Implicaria que todos nós fossemos com ele. Para mim implicaria deixar o meu trtabalho, o meu filho mais velho deixar a escola, e o mais novo deixar o mimo dos avós.... não gostei da ideia. Pensei muito antes de lhe comunicar mas decidi:
- Nós não vamos! Iremos ver-nos nas férias, no Natal, na Páscoa e com sorte em outras alturas do ano. Depois, por razões que agora não interessa nada, a coisa não se concretizou.
Passadas algumas semanas, senão mesmo dias, surge outra «bomba« em casa.
- Elsa, surgiu outra oportunidade de emprego dentro da empresa. Agora só iremos estar separados por 300 Km.
Estive dias sem lhe falar do assunto. Faziamos a nossa vida normal e esse passou a ser um assunto tabu. Foi passando sempre às fases seguintes do procedimento concursal e, mesmo eu tivesse orgulho nele e no seu percurso, queria que aquilo desse para o «torto». O sucesso dele profissional implicaria que estivessemos separados durante a semana e só nos vissemos, tal como muitas outras familias, ao fim de semana.
Resumindo: foi o candidato escolhido e tinhamos que tomar a decisão dali a três dias. Na véspera, perto das 21h começamos a falar sobre o assunto e tomamos a decisão. Ele iria para uma casa alugada e nós ficariamos na nossa casa. Foi tudo muito rápido e os meninos não poderiam sentir em demasia a ausência do pai. Isso não poderia influenciar, em nada, a vida tão pacata dos miúdos até esse momento.
Tive que me adaptar a fazer a minha vida sozinha e tomar conta de dois meninos. Foi difícil.... é difícil, mas prometo que, pelo bem estar dos meus filhos e pelo sucesso do meu casamento, hei-de conseguir!!!!
Beijos a todos